sábado, 12 de novembro de 2011

Guarda Municipal Administrativo x Operacional

Entre as várias divisões pregadas no âmbito das instituições de segurança pública (praças x oficiais, agentes x delegados, especializados x convencionais etc) uma destacável é a contraposição entre os agentes que atuam na atividade fim (operacionais) e os que atuam na atividade meio (administrativos). Os operacionais acusam os administrativos de privilégios, de viverem “na sombra”, longe dos riscos e desgastes que a atividade operacional possui. Os administrativos, por sua vez, alegam a importância do seu serviço, e dizem que sem seus esforços na estruturação das condições de trabalho da operacionalidade, nada daria certo. Continue Lendo:
De certo modo, ambos estão certos, pois essas não são afirmações excludentes. Atuar no serviço operacional de rua traz desgastes como a passagem de noites insones, exige preparo físico no desenrolar das ocorrências (é preciso correr, se manter de pé por muito tempo, carregar peso etc), e, além do mais, expõe o policial ao risco de morte, já que a possibilidade de confronto armado com suspeitos é evidente. Nenhum desses fatores atingem o policial empregado no serviço administrativo.
Este, porém, trabalha viabilizando o serviço do agente da operacionalidade, e até diminuindo os desconfortos a que este é submetido. É o agente da administração que realiza a licitação para a compra de um coturno mais confortável. É o agente da administração que racionaliza as horas de trabalho de cada agente. É também ele que garante, através dos procedimentos burocráticos, a concessão de férias, licenças e outros direitos dos agentes de segurança pública. É ele que realiza parcerias para a realização de treinamentos, dentre outras atribuições “burocráticas” necessárias para o bom andamento da corporação.
De qualquer modo, é preciso se distanciar das vaidades que às vezes surgem em virtude da diferenciação administrativo x operacional. Sem todas as engrenagens, por menor que sejam, não há motor que funcione.

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